Not About Angels - Chapter Two

"Call Pact With The Devil, If You Want"

  
Eu não tenho medo de tomar uma posição. Todo mundo venha segurar a minha mão. Nós vamos caminhar essa estrada juntos, através da tempestade, em qualquer clima, frio ou quente. Apenas me deixe saber que você não está sozinho. Grite, se você sentir que foi pelo mesmo caminho. - Not Afraid
Calum Hood P.O.V's
Como haviam prometido, era apenas um jantar normal em busca de um tratado de paz. Tínhamos um acordo então, e eu concordava com o que tínhamos que fazer. Não sei se era mais um dos teatros de Klaus ou ele realmente encontrou um motivo para ser uma “pessoa” boa, mas para manter Luke vivo eu iria fazer qualquer coisa, até mesmo fazer um acordo com um original. Se meus parentes me vissem agora certamente iriam dizer que estou louco e que Luke realmente saiu dos limites, mas infelizmente todos eles estão mortos e eu sou o único que pode continuar com a família Hood.

Logo após de comer pedi licença e fui até a varanda do apartamento. Ninguém sabia, nem mesmo Luke, mas quando eu estava preocupado, ansioso ou até mesmo nervoso eu fumava. Isso prejudicava a minha saúde mas eu não tinha como evitar, eu simplesmente esquecia algumas coisas enquanto fumava.

- Sabe que eles vão descobrir, não sabe? - Assustei-me ao ouvir a voz de alguém e deixei com que o cigarro caísse lá em baixo. Xinguei mentalmente e virei-me para a pessoa, era Elijah e ele estava escorado na porta de vidro com as mãos no bolso da calça.
- Não saia por aí assustando as pessoas, por favor!
- Perdoe-me se sou lindo demais e as pessoas se assustam por eu ser lindo demais - Elijah deu uma risadinha e eu revirei os olhos.
- Você está passando tempo demais com seu irmão, Elijah.
- Deveria ser um pouco mais extrovertido, bruxo. Sei o que aconteceu com a sua família e sinto muito por isso, deve ter um forte rancor por vampiros.
- Especialmente por vampiros originais.
- Qual de meus irmãos assassinou toda a sua família? - Perguntou.
- Kol.
- Sinto muito - Um vento gelado bateu em minha pele, as mangas da minha blusa não eram tão grandes, o que fez com que a parte descoberta se arrepiasse por causa do frio. Fiquei olhando para o movimento lá em baixo, o transito estava bem movimentado, eu podia ver um pequeno engarrafamento se formando mais à frente.
- É verdade? - Perguntei.
- O quê?
- Essa história da filha de Klaus? Ele realmente se importa com ela a ponto de aceitar um tratado de paz com o vampiro que traiu a confiança dele no passado?
- Calum, você pode chamar de pacto com o diabo, se quiser. Mas desde o dia em que Klaus encontrou SeuNome quando era um pequeno bebê ele soube que ela poderia dar algo de bom a ele.
- E o que a gente pode fazer para proteger ela?
- Podem vigiá-la. Qualquer suspeito de ser um vampiro, quero que deixem-na longe de tal pessoa.

SeuNome Mikaelson P.O.V's
Eu estava um pouco atrasada e não consegui a permissão a tempo de conseguir um par para mim. Usava um vestido branco com alguns babados embaixo, uma sapatilha preta e meu cabelo estava solto. Não me arrumei muito, não tinha tanto tempo para isso. Entrei no ginásio da escola e pude ver as pessoas dançando ali. Fui até onde uma mesa com bebidas e comidas estava e peguei um copo de refrigerante para mim. Procurei com os olhos algum sinal de Rachel, Piper ou de Theresa, mas eu simplesmente não conseguia vê-las em lugar nenhum.

Começou a tocar Outside e imediatamente comecei a dançar no ritmo da música. Eu simplesmente amava aquela música, era a que mais ouvia no momento e sempre que escutava eu sentia uma enorme vontade de dançar. Me juntei as demais pessoas que dançavam e tentei chamar atenção de algum garoto que, assim como eu, também estava sozinho naquela festa no qual insistem em chamar de baile.

- SeuNome?
- Sim? - Olhei para a pessoa e vi Piper, ela estava com uma garrafa de vodka na mão e usava um vestido lilás tomara que caia, seus saltos a deixavam maior do que eu e ela parecia estar começando a ficar bêbada.
- Onde você estava? Te procuramos em todos os lugares possíveis.
- Desculpe mas eu estava fazendo um jantar para meu pai, meu tio e uns quatro caras que eram bem gatinhos e novinhos para serem amigos do meu pai - Ainda dançava e “gritava” em seu ouvido para que ela escutasse. - E ele não queria me deixar vir.
- Por quê?
- Eu não sei.
- Ei, tem um garoto aqui que está afim de ficar com você! - Bebericou a vodka e apontou para um garoto que estava com uma jaqueta de couro preta, blusa branca e calça jeans. Estava escorado na parede e ao perceber que eu o olhei deu um sorriso. - O nome dele é Matt.
- Ele é gatinho!
- E está afim de você, aproveita querida!

Ajeitei meus cabelos e dei bebi o último gole do refrigerante que tomava antes de colocá-lo numa mesa que ali havia. Fui em direção até o tal garoto chamado Matt e sabendo o que eu queria puxou-me para dançar ao ritmo de Bad do David Guetta. Não falávamos nada, apenas dançávamos e olhávamos um nos olhos do outro.

- Então você é SeuNome Mikaelson? - Perguntou.
- Sim, sou eu!
- Sou novo na escola e eu adoraria conhecer você melhor.
- Eu também quero conhecer você melhor...

E antes que eu percebesse, eu estava atrás do colégio agarrada com Matt. O pouco que conversei com ele pude perceber que era um cara legal, e eu tenho que admitir para mim mesma:
Ele beija muito bem!


CONTINUA...

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Not About Angels - Chapter One

"In My Command"


Acordo e vejo que está tudo bem pela primeira vez na vida, e é ótimo. Lentamente olho em volta e fico impressionada, penso nas pequenas coisas que tornam a vida boa. Eu não mudaria nada, essa é a melhor sensação. Essa inocência é brilhante, espero que ela dure. Este momento é perfeito! Por favor, não vá embora, preciso de você agora. E vou me prender a isso, não deixe passar em branco. - Innocence
15 de Maio de 2015, Londres, UK

SeuNome Mikaelson P.O.V's
As cortinas da minha janela estavam fechadas, o que fazia com que meu quarto se tornasse escuro e sombrio. A escuridão e as sombras me lembravam meu pai, e eu sabia muito bem o motivo. De uns tempos para cá ele tem sido totalmente um estranho para mim, não era mesmo o cara divertido que me adotou. Meu tio passava mais tempo comigo do que o meu próprio pai, e isso estava ficando mais estranho. Não podia mais sair, e eu sabia que papai escondia alguns segredos de mim, não só ele mas como meu tio também escondia.

Levantei-me da cama e abri as cortinas do quarto, eu queria ver o sol, eu queria ver luz. Demorou um pouco para que meus olhos se acostumassem com a claridade, e quando se acostumaram fiquei olhando para cada detalhe do meu quarto. Era grande, bem decorado e me lembrava quando era mais nova. Alguns retratos estavam na parede, decorando-a. Em todas as fotos estavam as mesmas pessoas: Eu, tio Elijah e meu pai.

- Acordou?
- Não, ainda estou dormindo, não consegue ver? - Dei um sorriso sarcástico para o tio Elijah e o mesmo riu. Ele era sempre a primeira pessoa que eu via quando me acordava, já meu pai eu só o via mais a tarde.
- Quem está lhe ensinando a falar com seu tio deste modo, menina? Sabia que eu posso quebrar o seu pescoço por estar sendo um pouco rude?
- Socorro, estou morrendo de medo!

Peguei meu travesseiro e joguei em tio Elijah. Não consegui acertar ele, Elijah segurou e jogou de volta em mim. Ele era forte, e o travesseiro bateu em meu rosto no qual me fez tomar um susto. Meu tio riu alto e sentou em minha cama. Algumas vezes eu achava que tio Elijah conseguia ser mais paterno do que mesmo o meu próprio pai.

- Eu fiz o café da manhã, então você não terá problema com isso.
- Espera, você está fazendo o café da manhã? - Elijah assentiu e eu ri. - Certo, o mundo está definitivamente acabando - Ajeitei meu travesseiro no lugar e olhei para meu tio. - Será que seria uma boa ideia conversarmos?
- Só estamos protegendo você, SeuNome.
- O quê? - Ri. - Estou falando sobre o baile de hoje, eu queria ir.
- Seu pai sabe que está querendo sair?
- Não.
- Então isso significa que você não vai ao baile - Elijah levantou-se de minha cama e seguiu seu caminho para fora do meu quarto. Bufei e desci até a cozinha atrás de meu tio enquanto reclamava. - Sem chance SeuNome, Klaus não deixará você ir para esse baile.
- Por quê?
- Você não entenderia - Ele abriu a geladeira e tirou uma jarra de suco de morango, pegou um copo e colocou um pouco do liquido no mesmo. - Quer?
- A única coisa que eu quero é uma explicação.
- Simples - Elijah tomou um gole do seu suco e guardou o resto na geladeira. - Klaus percebeu que a sua amizade com aquele seu amiguinho lá está se tornando cada vez mais forte e ele diz que ainda não está preparado para ver a sua linda filhinha namorando.
- Só isso?
- Só.
- Mentira - Elijah deu de ombros. - Niklaus está assustado, eu percebo isso só de olhar nos olhos dele. Tem alguma coisa o assustando e eu não vou parar de fazer perguntas até vocês dois me disserem o que está acontecendo.
- E se não falarmos?
- A tia Rebekah ou o tio Kol podem me falar - Cruzei os braços.
- Eles nem fazem ideia do que está acontecendo por aqui, SeuNome. Infelizmente eles não poderão te ajudar. - O mais velho deu alguns goles em seu suco e me olhou. - Não está atrasada pra escola?

Voltei para o meu quarto em passos fortes. Odiava o fato de estarem escondendo alguma coisa de mim, odiava que algo de ruim pudesse estar acontecendo e eles simplesmente decidiram me manter fora disso. Eu queria ajudar meu pai, mas infelizmente eu não podia ajuda-los pois os dois estão escondendo coisas de mim. Bati forte a porta do meu quarto e dei um pequeno grito abafado.

Irritada, fui até a minha gaveta e tirei de lá algumas roupas. Fui em direção ao banheiro, despi-me e entrei na água no qual estava incrivelmente gelada. Lavei meus cabelos e quando já fazia cerca de meia hora em que estava ali, saí e vesti a roupa no qual escolhi.

Novamente iria para a escola zangada e iria descontar isso nos meus amigos, eles não mereciam isso. Eu era assim, sempre que eu estava com raiva descontava a minha ira nos meus amigos ou em quem quer que estivesse perto de mim. Eu não era filha biológica de Klaus, mas nisso nós dois éramos muito parecidos, admito.

Klaus algumas vezes podia ser um homem severo, temido e sem coração. Isso era o que as pessoas falavam, mas a verdade é que elas não o conheciam como eu o conheço. Dentro do homem duro e sem coração existia alguém no qual já sofreu muito na vida e a única coisa que deseja é ter a sua família reunida. De toda a sua família eu só conhecia os seus irmãos, pelo menos os que ainda estão vivos.

Desci novamente em direção a cozinha e encontrei os dois únicos homens da minha vida, sentados e tomando café da manhã civilizadamente. Do jeito que estão até parecia que eles não brigavam, mas algumas vezes eles só faltavam tentar se matarem. Coloquei a minha bolsa em cima do sofá e me sentei junto a eles.

- Bom dia, papai - Beijei sua bochecha.
- Sabe da novidade, Klaus? - Sentei-me ao lado de meu pai e olhei séria para Elijah. Ele não podia contar para papai que eu queria ir para o baile, esse dever deveria ser meu. Klaus negou com a cabeça, estava com um pedaço de torrada em sua boca. - Parece que o nosso pequeno passarinho está querendo sair da gaiola novamente - Deu um sorriso para mim.
- Como assim? - O outro perguntou.
- Baile. Esta noite. Encontrar os amigos. Se divertir. - Elijah apoiou os cotovelos na mesa e as suas mãos apoiaram a sua cabeça enquanto ele olhava para mim com um sorriso no rosto.
- É verdade, SeuNome?
Sim.
- Então creio que sabe a resposta.
Sei.

Peguei a manteiga e passei a mesma em minha torrada. Fiquei olhando para Elijah um pouco zangada enquanto passava a manteiga, ao acabar, mordi a torrada lentamente ainda olhando para Elijah assim ele saberia que eu estava zangada.

- O olhar malvado não combina com você, querida - Disse.
- E nem a pose de bom moço combina com você, tio - Dei uma outra mordida na torrada e o encarei.
- Não se preocupe minha linda, você em breve estará livre para sair para onde quiser, ok? É só esperar que as coisas comecem a ser como eram antes. E... Queria me desculpar por ontem, certo? - Encarei meu pai com uma expressão confusa.
- O que aconteceu ontem? - Ele me olhou e depois olhou para Elijah.
- Não se lembra do que aconteceu, querida? - Neguei.
- Klaus, eu...
- Cale-se! - Niklaus olhou para seu irmão. - Vamos conversar.
Klaus estava mais sério dessa vez, e eu sabia que por algum motivo ele iria brigar com Elijah, eu não queria que eles brigassem por minha culpa. Elijah levantou-se lentamente e olhou para mim antes de sair da sala de jantar, Klaus fez o mesmo mas nem sequer olhou para mim. Diferente de outras brigas, eles estavam mais estranhos do que antes, estavam mais sérios. Alguma coisa aconteceu ontem à noite, mas a única coisa que eu conseguia me lembrar era que eu havia estava esperando ansiosamente que meu pai chegasse, eu sentia que precisava falar com ele. Depois disso eu não tenho mais lembranças de absolutamente nada. Por quê?

Eu não gostava de ouvir a conversa dos outros, detestava isso! Mas dessa vez foi diferente, eu fiquei atrás da parede apenas os ouvindo. Eu precisava fazer isso, talvez eu soubesse o que realmente estava acontecendo para que eles pudessem querer me proteger tanto.

- VOCÊ ESTÁ FICANDO LOUCO, ELIJAH? - Meu pai gritava, sem se importar se eu ouviria ou não.
Nik, me desculpe mas eu não podia deixar que ela lembrasse de ontem. Ela iria sentir medo de você, iria... Ela iria te odiar pelo que fez! Eu não podia deixar com que isso acontecesse, tenta ver o meu lado...
- Mas hipnotizar ela, Elijah? Nem mesmo eu fiz isso com ela!
- Me desculpe...
- Certo, vamos esquecer o que aconteceu ontem, ok? - Elijah assentiu com um murmúrio. - Nosso maior dever agora é deixar com que ela fique segura e que ninguém a encontre. Os outros vampiros agora sabem que ela é a minha fraqueza, vão fazer de tudo para machuca-la.
- Fale mais baixo, ela pode estar ouvindo...
- Eu sei que ela não está. SeuNome detesta ouvir a conversa dos outros!
- Você vai conversar com a banshee? Talvez a profecia dela possa estar errada, e aí não teremos com o que se preocupar.
- Eu vou falar com ela hoje.
- Acho bom!
- Alguma novidade, sabe dizer se alguém veio à Londres?
- Sabe, tenho visto uma pessoa ultimamente andando pelos corredores deste prédio - Elijah fez alguns segundos de silêncio e continuou. - E ao que parece, ele está sempre ouvindo nossas conversas no andar de cima e anda vigiando você.
- É bom saber que é ele e não ela!

BansheeVampiro. Do que eles estavam falando? Ao ouvir essas palavras levei as minhas mãos até a minha boca. Não estava acreditando no que eles estavam falando, aquelas criaturas não podiam ser reais, podiam? E que profecia era essa que a tal “banshee” tinha feito? Eu estava assustada com aquela conversa que os dois estavam tendo, eu realmente não deveria estar ouvindo, foi um erro no qual eu quero mais cometer.

Fui até a sala de estar, onde eles conversavam. Algumas lágrimas insistiam em cair pelo meu rosto. Como assim Elijah poderia me hipnotizar? E o que havia acontecido de tão ruim ontem? Os dois escutaram meus passos e soluços pois olharam para mim assustado, suas expressões mudaram quando me viram chorando. Klaus pareceu apavorado e Elijah parecia ter a mesma reação. Nik tentou aproximar-se de mim, mas eu dei alguns passos para trás e o mandei se afastar. Ele pareceu decepcionado, e eu vi algumas lágrimas começarem a cair de seus olhos. Isso era uma prova de que ele era e sempre será uma boa pessoa, não importando quantos erros ele possa cometer.

- O que são vocês? - Perguntei.
- SeuNome... - Klaus novamente tentou se aproximar, mas eu o afastei.
- CALA A BOCA E SÓ ME RESPONDE! - Gritei. - É ISSO O QUE VOCÊS TÊM ME ESCONDIDO? VAMPIROS? BANSHEES? E QUEM É ESSE QUE ESTÁ TE VIGIANDO, NIKLAUS? E PORQUE ESSES “VAMPIROS” IRIAM QUERER ME USAR JÁ QUE SOU A SUA FRAQUEZA?
- SeuNome, tudo está muito confuso para você agora, mas você precisa se acalmar... - Elijah falava calmo, como sempre. Deixei com que ele se aproximasse, tentou me abraçar mas eu recuei.
- Só me contem... - Uma teimosa lágrima caiu. - Por favor!
- Tudo bem.
- Sem mais segredos, certo?

Não me importaria em me atrasar para a escola, a conversa que teria agora era muito mais importante. Sentei-me no sofá enquanto Elijah e Klaus sentavam-se um em cada lado. Meu pai segurou a minha mão e olhou bem nos meus olhos. Desviei o olhar, não queria olhá-lo nos olhos. Algumas lágrimas ainda caiam, eu simplesmente queria ter o poder de fazê-las pararem.

- SeuNome, olhe nos meus olhos! - Klaus pedia.
Não.
- Olhe nos meus olhos!
Nãão.
- OLHE NOS MEUS OLHOS, AGORA! - Tanto Elijah quanto eu, ficamos assustados com a atitude de Niklaus. Com medo, fiz o que ele mandou. Olhei em seus olhos e ao fazer isso senti uma lágrima cair em meu olho esquerdo, lágrimas essa que ele enxugou com o polegar. - Boa menina!
- Niklaus...
Shhh... Vamos fazer isso do seu jeito, Elijah - Klaus segurou meu rosto com as suas mãos e olhou em meus olhos, o mesmo eu fazia. - Espero que me perdoe por isso, querida - Deu um beijo em minha testa e voltou a me olhar. - Você vai esquecer tudo o que você ouviu, não se lembrará de nada. Tivemos um ótimo café da manhã e você está chorando pois não deixei você ir ao baile, certo?
Certo - Respondi.
- Vá para a escola! Quando chegar conversamos!

Pisquei algumas vezes e senti uma leve dor de cabeça. Olhei para meu pai e dei um sorriso, sabia que ele apenas queria me proteger, esse era o dever dos pais. Peguei a minha bolsa e saí de casa dando um tchauzinho para meu pai e meu tio. Esse foi o café da manhã em que nos comportamos como uma família novamente.

- Tenha uma boa aula, filha.

Sorri e fechei a porta atrás de mim. Elijah e Klaus podiam não ser a minha família verdadeira, mas me tratavam como se eu tivesse o sangue Mikaelson.

Luke Hemmings P.O.V's
[Horas depois...]
Eu fiquei ali parado, apenas olhando para ela. Era uma garota tão pequena, e aparentemente tão dócil quanto a sua voz. Olhou para cada um de nós e deu um pequeno sorriso, devia estar envergonhada por estar em frente a tantos garotos um pouco mais altos do que ela. Vestia uma blusa cor roxa com o nome de uma saga de livros –não me interessei em ver- e usava um short jeans. Ouvi passos e logo um sorriso cruel e vitorioso apareceu atrás da garota.

Achei estar no apartamento errado, mas não. A menina abraçou Klaus e disse que iria terminar de fazer o jantar. Certamente era mais uma vítima de Niklaus, sentia dó da coitada que certamente havia sido hipnotizada para atender aos caprichos do vampiro.

- Chegaram cedo - Deu passagem e entramos.
- Agradeça por eu estar de bom humor hoje, Nik - Calum o respondeu.

O apartamento em que os Mikaelson moravam era grande, muito maior do que o meu, devo dizer. Tinha uma decoração luxuosa e era bem iluminado. Estava tudo muito bem organizado e eu não vi nenhum vestígio de sangue, certamente Klaus havia limpado antes de chegarmos aqui. Fiquei olhando para a moça que estava na cozinha, eu não via nenhum sinal de violência e nem mesmo um curativo no qual cobrisse as marcas de mordida. Quem era ela?

Passos apressados vieram da escada, o que me fez sentir-me na obrigação de olhar. Vi Elijah terminando de abotoar a sua camisa e veio em direção a nós nos cumprimentando com um sorriso e um aperto de mão, até parecia que nós éramos amigos havia longas datas.

- Que surpresa terem aceitado o convite.
- Acredite, irmão, eu também fiquei surpreso! - Klaus foi em direção a cozinha e roubou um pedaço de queijo que estava numa bandeja e logo fora repreendido pela moça. - Cavalheiros, quero que conheçam a minha filha.
- Filha? - Michael pensou alto.
- É, depois de dezessete anos nem eu mesmo acredito nisso.

A garota não falou nada a respeito, apenas riu e mandou que sentássemos na mesa quanto ela terminava de fazer o jantar. Assim fizemos e no minuto em que ninguém falava absolutamente nada, apenas olhava diretamente para Klaus tornou-se um momento bastante constrangedor para mim. Eu conseguia ouvir uma música agitada tocando, mas não havia nenhum aparelho de som ligado no momento. Olhei para a moça e a vi com os fones de ouvido, estava no volume máximo e isso certamente iria prejudicar a sua audição no futuro.

- Bem - Elijah quebrou o silêncio. - O que vocês desejam?
- Eu quero pedir desculpas pelo que aconteceu há um século atrás, toda a sua dor começou por minha culpa, Niklaus - Fui o mais sincero que eu pude.
- SeuNome! - A garota veio até seu pai e ele olhou-a nos olhos. - Pode ir ao baile...
- O quê? Mas você disse...
- Escute, eu quero que você vá para aquele baile e qualquer pessoa estranha que tentar lhe assediar quero que pegue esta estaca... - Entregou-a uma pequena estaca, mas já era o suficiente para matar um vampiro caso acertasse seu coração - ... E enfie no coração do agressor sem nem pensar duas vezes.
- Certo
- Você hipnotiza a sua filha? - Ashton perguntou.
- Não - Klaus respondeu. - Mas tem acontecido algumas coisas no qual foi necessário hipnotiza-la.
- Vocês querem um tratado de paz, certo? - Elijah pegou uma garrafa de vinho e serviu a cada um de nós. - Nós temos um acordo e, podem não confiar na palavra de Klaus, mas podem confiar na minha.
- E como podemos confiar em você? - Calum perguntou.
- Não podem, mas podem tentar.
- O que é que vocês querem? - Olhei para as escadas e apenas ouvi “SeuNome” subi-las e ir se arrumar para o tal baile.
- Sabe ela, a minha filha? Então, ela precisa mais do que dois originais para protege-la.
- Do que? - Curioso, perguntei.
- Muitos vampiros me detestam garoto, eu tenho mais inimigos do que se pode imaginar. Durante dezessete anos eu consegui escondê-la do mundo vampírico e já faz cerca de dois meses que ela começou a perceber coisas estranhas.
- Que tipo de coisas estranhas? - Michael perguntou.
- Ela recentemente quase foi sequestrada pelo único vampiro que sabia de quem ela era filha, mas Elijah chegou a tempo e arrancou o coração do cretino - Klaus olhou para as escadas quando sua filha apareceu e sorriu. - Está linda, agora vá!
- E o que você quer que façamos? - Ashton perguntou.
- Que me ajudem a protege-la!

Klaus tinha um olhar diferente. Não parecia querer enganar alguém ou até mesmo não parecia que queria machucá-la, ele realmente se preocupava com ela. Seria isso verdade? Aquela garota conseguiu amolecer o coração de Klaus?
CONTINUA...


Heey!
Eu estou realmente feliz por ver que alguém comentou o capítulo anterior. E eu espero que eu não falhe com esta fanfic.
O blog tem ficado parado de uns tempos pra cá, parecia que ele havia sido abandonado, mas eu não vou abandoná-lo. Estou de férias e posso terminar essa fanfic (espero que eu consiga) ainda nas férias.
Eu realmente gostei dela, é um pouco diferente, eu nunca tentei escrever sobre vampiros, é uma experiência nova que eu estou gostando.
E, as pessoas que não assistem as séries no qual a fanfic é inspirada, não tenham medo de ler, eu não irei colocar spoilers.
Agradeço por estarem ainda aqui depois de meses sem uma atualização.
Um beijo!

Not About Angels - Prologue


Sabemos muito bem que ainda há tempo, então, é errado dançar esse verso? Se seu coração estivesse cheio de amor, você desistiria? Pois quanto aos, quanto aos anjos... Eles vêm e vão, nos fazem especiais. Não desista de mim! - Not About Angels
Londres, abril de 2015

Essa cidade no qual considero pequena é onde eu chamo de casa.
Nasci e cresci em Sidney, mas tem algo em Londres no qual me faz sentir que aqui é o meu verdadeiro lar. Não gostava da ideia de que um dia eu teria que ir embora daqui, eu simplesmente queria negar para mim mesmo de que isso era uma das minhas inúmeras obrigações.

Não sou um santo, muito menos a melhor pessoa com quem eu possa conviver, mas desde longos anos tenho três amigos no qual posso confiar. Todos somos completamente diferentes um do outro, mas simplesmente ignoramos as diferenças e continuamos fazendo sempre as mesmas loucuras e, na maioria das vezes, cometendo os mesmos erros. Eu era um vampiro, Ashton um lobisomem no qual eu deveria temer e nós dois deveríamos ser inimigos mortais um do outro, mas não é assim. A mordida de um lobisomem é mortal para um vampiro, mas isso não me assustava.

Calum era um bruxo, sua família estava ao meu lado desde sempre, conheci seus avós, seus pais e até os pais dos seus avós. Eu tinha meus quinhentos anos, e talvez por sempre estar junto com a família de Calum nós nos damos bem desde o momento em que o peguei no colo pela primeira vez.

- Quanto tempo ficaremos desta vez? - Michael perguntou.

Ah, ainda tinha o Michael...
O encontrei quando tinha dez anos de idade, e o adotei como o meu irmão mais novo. Felizmente Michael é apenas um humano comum e, embora sempre esteja pedindo, eu nunca o transformo em vampiro. Não tenho coragem, e eu simplesmente não quero dar esta vida a ele.

Michael pode achar que ser um vampiro é a melhor coisa do mundo, mas na realidade não é nada disso. Uma vez me disseram que um vampiro tem um lado positivo e um lado negativo, eu passei quase três séculos da minha vida vivendo no lado negativo, o lado sombrio. A família Hood sempre esteve me ajudando, me ajudando a melhorar... E mesmo com as minhas monstruosidades, eles não me abandonaram, sempre tentaram ver o melhor em mim e graças a eles hoje eu sou um vampiro melhor.

- Se ficarmos longe de problemas certamente penso em ficar alguns anos. Um tempo até que as pessoas comecem a notar que eu simplesmente não envelheço - Respondi Michael.
- Uma pergunta - Ashton olhou para mim e pegou a sua mala, estávamos no aeroporto, havíamos acabado de vim da Califórnia. - Por que Londres?
- Tem um clima legal... - Ri.
- Sério...
Os originais estão aqui. Pensei que poderíamos fazer um acordo de paz.

Estávamos saindo do aeroporto, iriamos esperar um taxi na porta do mesmo e íamos diretamente para um apartamento que eu havia comprado no ano de 1945. Ao falar o meu interesse em estar em Londres, Calum olhou para mim com repreensão e eu simplesmente dei de ombros. Os Hood’s não gostavam muito de vampiros, na realidade, nenhum bruxo gostar de se envolver com vampiros, mas eles me tratavam como parte da família, então...

Calum cruzou os braços e me encarou de uma forma séria, ele não gostava da ideia. Eu estava fugindo dos originais desde mil oitocentos e alguma coisa, não lembro bem... Eu simplesmente estava cansado de fugir.

- Sua ideia maluca não vai funcionar - Disse.
- Vale tentar, certo? - Michael deu o sinal quando um taxi se aproximou, e quando o mesmo parou imediatamente entramos. - Klaus deve ser um pouco mais difícil de convencer, mas agora o Elijah...
- Se nenhum dos dois aceitar o acordo estaremos todos mortos - Calum avisou.
- Mas e a tal de Rebekah?
- Ela certamente deve estar em algum lugar por aí, Michael.
- Então está me dizendo que você me trouxe para Londres para eu me envolver com dois caras muito temidos pela sua espécie e que nesse processo eu posso morrer? - Ashton perguntou. - Você pirou!
- Não vamos morrer, certo?! - Calum revirou os olhos e assentiu. - Motorista... - O homem nos olhava um pouco assustado por conta da conversa que ele ouviu, olhei fundo nos seus olhos e retirei meus óculos escuros. - Nos leve para este endereço e esqueça tudo o que ouviu. - O homem assentiu e pegou um papel da minha mão.

Minha hipnose já não era mais forte como antes, mas ainda servia para alguma coisa. O homem deu partida no carro e se preparou para nos levar ao lugar desejado. Algo dentro de mim me deu um aviso: Tudo está prestes a mudar...

(...)

O apartamento estava em perfeitas condições, do jeitinho que eu esperava. Os móveis novos e bem arrumados, a pintura melhorada e sem nenhum vestígio de sujeira no local. A visão da cidade Londrina era bela, e o número de quartos era o suficiente para todos nós. Tirei a minha jaqueta ao abrir a porta e imediatamente joguei-me no sofá. Estava bem geladinho, certamente por causa do tempo frio que estava lá fora, mas não sentia frio.

Os meninos pegaram as malas e colocaram no canto da parede, depois ficaram olhando para todo o apartamento. Era grande, espaçoso, luxuoso e ainda por cima era bem confortável. Escolher esse apartamento dentre tantos que comprei pela cidade não foi difícil, não era uma coincidência, eu já sabia desde quando decidi ir embora de Los Angeles quem morava nesse prédio.

Klaus morava no andar de baixo, e com toda certeza não ficaria nenhum pouco feliz em me ver vinte anos depois desde o nosso último encontro. Mas diferente de antes, eu já não queria mais brigas e nem mesmo sangue envolvendo. Eu só queria paz, pelo bem do Michael.

- Com fome? - Perguntei e os três assentiram.
- Luke, quando você falar “fome” a que tipo de fome você está falando? Fome por... comida normal ou fome por sangue? - Michael perguntou. Abri meus olhos e ajeitei-me no sofá.
- Estou falando de comida normal.
- Se for assim... Sim, eu estou morrendo de fome!

Londres, maio de 2015

Quando se é um ser imortal, o tempo vai passando e você nem se importa. As pessoas vão envelhecendo a cada segundo, assim como estão cada vez mais próximas da morte. Diferente delas, eu já estava morto. Em pensar que esses três caras um dia iriam me deixar sozinho doía, mas eu não podia fazer absolutamente nada a respeito... Essa é a vida!

Passara-se um mês desde o dia em que decidi voltar à Londres, e eu nem se quer havia tentado conversar com os originais. Eu sentia medo, um medo de que Klaus me matasse no momento em que sentir a minha presença. Eu falhei com ele, falhei com todos. Mas na época eu era apenas um idiota, mas algumas vezes eu tenho a sensação de que ainda sou. Eu sempre via Klaus. Eu estava em todos os lugares em que ele ia, apenas acompanhando os seus passos e procurando a coragem para pedir-lhe perdão por não ter sido um melhor aliado. Eu sabia que ele me odiava, mas não sabia o que Elijah pensava sobre mim.

Sentia que o híbrido tinha um segredo, na maioria das noites eu escutava vozes vindas do andar de baixo. Na maioria das vezes eram brigas e em seguida longos pedidos de desculpas. Uma voz doce e uma voz mais rígida, eu sabia que era Klaus. Mas a outra pessoa... Eu não fazia a mínima ideia de quem poderia ser. Sempre ouvia reclamações de que a garota não entendia o que estava acontecendo ao seu redor e seria melhor não continuar sabendo de nada.

Por quê? - A garota chorava.
- É para seu próprio bem, amorzinho - Respondia Klaus. - Existem coisas nesse mundo no qual nunca podemos sair. O melhor agora é você não tentar descobrir a verdade, você ficará mais segura sem saber de absolutamente nada...
- Mas eu estou vivendo uma mentira, não estou?
- Talvez...
- Por que não me conta, Niklaus? - Houve alguns segundos de puro silêncio e eu pude jurar que o vampiro iria cortar a garganta da moça.
- Não gosto quando me chama assim, querida.

Sempre era a mesma coisa. A garota sempre pedia para Klaus contar-lhe o que estava acontecendo, mas o mesmo sempre desviava da conversa. Tinha algo de errado aqui, percebi que os originais estão muito agitados com alguma coisa. Não era somente Klaus que estava preocupado com alguma coisa, Elijah também estava.

- O problema dos vizinhos novos é que eles são muito curiosos quando escutam brigas familiares - Eu estava num bar, bebendo uma garrafa de cerveja quando sou surpreendido por uma voz um tanto conhecida mas que estava perdida em minha memória.
Elijah...
- Sabe, não é do seu tipo se juntar com lobisomens - O mais velho sentou-se no banco ao meu lado e deu um sorriso sarcástico. - É muita ousadia sua se mudar para o mesmo prédio que Klaus, não acha?
- Klaus está aqui? - Fiz-me de desentendido. - Não sabia!
- Certo - Elijah ajeitou-se no banco e olhou para mim. - Como deve ter percebido, nós estamos com alguns problemas pessoais, portanto, peço que você e sua matilha procurem uma outra cidade para ocuparem.
- E se não quisermos?
- Eu arrancarei o coração de cada um de vocês, estamos entendidos?
- A convivência com Niklaus está afetando você - Dei um último gole na minha cerveja e olhei Elijah. - A verdade é que eu quero pedir desculpas pelo o que aconteceu anos atrás - Fui direto ao ponto. - Eu achei que estava fazendo o certo, mas... Eu simplesmente acabei com a vida do Klaus.
- Seu pedido de desculpas não é comigo, meu amigo.
- Eu sei.
- O seu problema é com Niklaus, veremos se ele perdoa você pela traição - Elijah levantou-se e ajeitou o terno que usava. - Espero te ver de novo, Luke. E que dessa vez não envolva sangue.
- Não envolverá...

Deixei uma quantia de dinheiro no balcão e saí do estabelecimento. Coloquei meus óculos escuros e sorri ao olhar para meu anel no qual me protegia do sol. Sempre estava com óculos escuros, não sabia o motivo, eu simplesmente os colocava e saía nas ruas com as mãos no bolso e ficava pensando em toda a minha vida desde o dia em que eu nasci. Faz muito tempo, mas as pessoas não fazem a mínima ideia disso. Aparento ser um jovem de apenas dezoito anos, a idade no qual fui transformado num vampiro.
Hoje considero isso uma maldição, mas antes...

- Bom dia - Disse ao encontrar o segurança do prédio em que morava.
- Tenha um bom dia, senhor Hemmings.

Edson Smith era o nome desse cara. Ele era um homem alto de cabelos grisalhos, aparentemente gordo e de uma pele parda. Sempre que eu entrava ou saia do edifício ele me cumprimentava. Gostava dele, era o único segurança ali que era educado. Entrei no elevador e apertei o botão no qual tinha o número do meu andar. O oitavo andar era o antepenúltimo e, apesar de Michael ter um leve medo de altura, não se importou com o andar.

O silêncio naquele elevador estava me deixando entediado. Ninguém entrava e parecia que aquela caixa de metal ou -seja lá do que seja feito isso- estava subindo bem devagar, me deixando um pouco irritado. A conversa com Elijah não me animou muito, e eu sabia que ele teria toda a coragem do mundo para cumprir a sua palavra.

Mas eu precisava arriscar, estava cansado de fugir...
Depois de alguns segundos no qual eu considerava ser uma eternidade, a porta do elevador finalmente abriu mas ainda não era o meu andar. Eu estava no sétimo andar e ao ver o rosto da pessoa que esperava pacientemente o elevador fez com que um medo crescesse em mim. Eu não era de sentir medo, mas com ele era diferente. Somente de olhar para ele eu sentia a necessidade de correr, fugir... Mas eu não faria isso.

- Você.

Dei o meu melhor sorriso sarcástico e dei passagem para o mesmo entrar no elevador. Quando entrou percebeu o andar no qual eu estava indo e não fez absolutamente nada a não ser me olhar com uma certa fúria. Estava indo para o mesmo andar que eu, mas para qual apartamento eu infelizmente não sabia.

- Isso são modos de cumprimentar um velho amigo, Niklaus? - Seu olhar furioso pairou sobre mim e o medo de enfrenta-lo somente aumentou.
- Você continua ousado, garoto.
- Isso aumentou depois que me transformou, lembra? Éramos amigos, nos considerávamos irmãos. Mas coisas ruins aconteceram...
- Você deveria ir embora, Lucas. Coisas estão acontecendo por aqui e eu não quero ter mais problemas.
- Mas nós precisamos conversar...
- O que você quer? Seja convincente o bastante ou eu mato você.
- Eu estou cansado de fugir, Klaus...
- Se entregar a morte é mais fácil? - Niklaus deu um sorriso torto no qual sumiu quando o elevador abriu as portas. Saímos e eu tomei a frente, mas o original segurou meu braço. - Não se preocupe criança, eu posso fazer com que a sua morte seja rápida e menos dolorosa.
- Eu não vim me entregar.
- Então qual é o motivo para tudo isso?
- Eu quero seu perdão, quero que possamos viver no mesmo ambiente sem que sangue esteja envolvido no meio - Ele me olhou e parou para pensar um pouco.
- Aqui não é lugar para conversarmos sobre isso. Chame a sua matilha e venham jantar com a minha família ás 20:00h, certo?
- Sem enganações?
- Sem enganações! - Klaus apertou a minha mão e saiu em direção para onde desejava ir.

(...)

- Não.

Calum estava de braços cruzados e negava constantemente em palavras e com a cabeça. Ele não concordava com o jantar em que Klaus planejava, dizia que isso era apenas mais um de seus truques para tentar nos matar. Esse era um dos dons dos Hood’s, eles sempre estavam desconfiados e quase não confiavam em ninguém. A expressão séria fazia parte de suas características, gostava disso em Calum ele era idêntico a sua mãe.

- Não é você quem está fugindo, Calum - Michael o repreendeu.
- Mas eu acho isso uma baita de uma idiotice! - Revirou os olhos. - Certo, vamos ver no que vai dar.
- Mas e se eles nos atacarem? - Ashton perguntou e me olhou. - Eu posso mordê-los, vocês sabem o que acontece quando um lobisomem morde um vampiro, não sabem?
- Mas eles são originais - Levantei-me do sofá e os encarei. - A mordida de um lobo não funcionará.
- E o que pode mata-los? Eles têm de ter uma fraqueza!
- E tem, Michael... Mas eles infelizmente estão com elas, Klaus as guarda caso seus irmãos o desobedeçam.
- E o que é? - Perguntou.
- Adagas de prata e as cinzas da árvore que pode mata-los.

Calum ainda achava isso uma má ideia, mas concordou em ir e pelo menos tentar ter um acordo de paz. Vesti uma blusa de mangas cumpridas cor preta, uma calça jeans e um all star. Era uma roupa simples mas eu considerava apresentável. Eu estava apoiado no balcão da cozinha e bebia uma latinha de refrigerante, esperava os meninos descerem já prontos e ficava pensando em todos esses quinhentos anos que se passaram.

Tanta coisa mudou desde então, nunca pensei que o mundo seria o que é hoje caso eu não estivesse vivo. Muitas coisas no qual antes eram proibidas hoje em dia são algumas das coisas mais normais.

Os meninos desceram e suas expressões não era uma das melhores. Abri a porta e deixei com que todos saíssem para que eu pudesse trancá-la. Ao fazer isso fomos em silêncio até o elevador, o silêncio que eu tanto odiava. Fora assim até chegarmos na porta do apartamento do nosso maior inimigo, Michael não pensou duas vezes antes de apertar a campainha e aguardar nervosamente um dos originais nos receberem.

Era a primeira vez que ele via um vampiro além de mim, e eu sabia que estava com medo. Ensinei-o como matar um vampiro, mesmo que isso pudesse colocar a minha vida em perigo eu precisava ensiná-lo a sobreviver nesse mundo sobrenatural.

A porta abriu-se e meu queixo quase caiu ao ver quem fora nos receber. Não era Elijah e nem mesmo Klaus, mas era uma menina de pele morena, os cabelos tão negros quanto a noite e um leve olhar de tédio.

- Vocês são os convidados?